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Passeio Noturno I

Acabo de chegar de um despretensioso passeio noturno. Por volta das 23h acessei o meu msn de bobeira e um cara que mora próximo me convidou para ir a casa dele. Eu estava meio sem vontade de ir a lugar algum, mas uma gozada antes de dormir iria me fazer bem. Me despi da preguiça, vesti a camisa; calcei os chinelos, peguei gel lubrificante, camisinhas, as chaves e saí em direção ao prédio do carinha. Não sabia exatamente onde era, mas costumo ter fé nas pessoas ou que caso tudo dê errado, algo de bom vai acontecer, pra compensar.

Acabei dando uma viagem perdida. Fiquei mais de 5 minutos no lugar onde o carinha havia mandado eu esperar e ninguém apareceu. Apenas um cara parrudinho de camiseta verde me olhava atravessado do pátio do prédio em frente. Como meu humor já não estava em seus melhores momentos, resolvi ignorá-lo, esquecer o carinha que me fez ir até ali e voltar para casa. Decisões simples, sem arrependimentos. Ladeira acima repassava mentalmente uma meia dúzia de desaforos que diria ao cara que furou comigo.

Quando chego ao alto da ladeira, a poucos metros da esquina, um garoto moreno passa ao meu lado. Olhei assustado diretamente nos seus olhos e logo desviei o olhar. O desejei vagamente para preencher a minha noite e logo olhei para trás, para quem sabe observá-lo desaparecer na esquina. Entretanto, ele também olhou para atrás, não uma, ou duas, ou três vezes; mais muitas. Fiquei paralisado na esquina entre o desejo e a preguiça e um receio mal admitido.

Resolvi, por fim, seguir meu caminho. Mas, pouco metros depois olhei para trás e ele surgiu deslizando pelo passeio até o abrigo da sombra de uma árvore. Decidi arriscar. Caminhei até o seu encontro e troquei um papo. Disse se chamar Thiago, ter 24 anos, natural de São Paulo, estar passando alguns dias em Salvador visitando a mãe. Comentou que poucos baianos fazem o que fiz, de parar e encarar o cara na rua e que nos 23 dias que está na cidade ainda não comeu o cu de um baiano. Ri. No meio da conversa disse que queria muito chupar o pau dele e alisei levemente o volume sobre o tecido. Ele gemeu baixinho.

Depois descobri que o Thiago, não era Thiago, mas continuava sendo moreno, cabelos escuros e lisos caindo sobre o rosto, barba espessa e mal cuidada, fumante, viciado em outras drogas; um cara safo, safado. Que tesão.

Resolvemos caminhar pelo bairro em busca de um canto em que eu pudesse lhe dedicar alguns minutos de carinho íntimo. Acabamos em uma rua transversal. Em frente a um prédio em construção, havia uma caminhonete abandonada no passeio, sob a densa sombra de duas frondosas amendoeiras. Ali me ajoelhei enquanto ele abria a bermuda e exibia um caralho longo, gordo, pesado e levemente inclinado para esquerda. Minha língua tocou a glande e os lábios envolveram aos poucos toda a extensão. Era um caralho macio, sedoso e meio indolente, mas que pouco a pouco enrijecia-se mais e mais contra a minha garganta.

Ficamos ali perdidos nos minutos, tranquilos, apenas importunados vez ou outra por algum carro que passava rapidamente pela rua. Eu controlava meus gemidos, enquanto ele me segurava pela nuca, socava cada vez mais forte na minha garganta e me perguntava se eu queria leite. Engasguei. Queria, ai como eu queria. Ele tirou do bolso uma camisinha, eu instintivamente abaixei a calça e exibi a minha bunda: cotovelos apoiados no áspero chão do passeio, empinei a bunda. Ele cuspiu no meu cu, apoiou-se nos meus quadris e afundou-se em mim. Socou forte, socou rápido, socou tenso, em instantes ouvi o seu gemido abafado e senti o seu pau pulsar dentro de mim.

Comentários

JAPONESA disse…
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